Jovem de 18 anos é presa em Ponta Grossa por perseguição e ameaças contra pedagoga de colégio local

Investigação aponta série de crimes praticados desde maio, incluindo criação de perfis falsos, difamação, ameaças de morte e plano de sequestro

0 68

Da Redação

Ponta Grossa – A Polícia Civil do Paraná prendeu, na manhã desta terça-feira (7), uma jovem de 18 anos acusada de praticar perseguição sistemática, ameaças e difamação contra uma pedagoga de um colégio em Ponta Grossa, onde a investigada havia sido aluna. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela Justiça e cumprido por agentes da instituição, que encaminharam a autora à Cadeia Pública local.

De acordo com a investigação, os crimes tiveram início em maio de 2025 e se intensificaram ao longo dos meses. A jovem teria criado diversos perfis falsos em redes sociais, como Instagram e Facebook, para difamar e expor a vítima, publicando dados pessoais, fotografias de documentos, imagens do veículo e informações falsas sobre supostas dívidas e maus-tratos a alunos.

A escalada de violência incluiu ameaças diretas de morte, enviadas por meio de um perfil falso criado com o nome da própria vítima. As mensagens, direcionadas a familiares, diziam que “o que não pode bloquear é a morte e nem impedir”. Durante o interrogatório, a jovem confessou ser responsável pelos atos e chegou a relatar um plano de sequestro contra a pedagoga.

Mesmo após ser chamada à Delegacia e orientada a cessar as condutas, a investigada continuou com as ameaças. No dia seguinte ao alerta policial, ela enviou novas mensagens afirmando que “o dia estava próximo” e que “algo muito grave iria acontecer”, além de divulgar publicamente o endereço residencial da vítima.

As ameaças se estenderam à filha da pedagoga, de 16 anos, e a outros familiares, com mensagens indicando vigilância sobre todos. A perseguição passou a ser física: no dia 2 de outubro, a jovem circulou diversas vezes em alta velocidade com sua motocicleta em frente ao local de trabalho da vítima. Já em 3 de outubro, ela invadiu o estabelecimento, empurrou a pedagoga e voltou a ameaçá-la de morte.

Diante da gravidade dos fatos e do risco concreto à integridade da vítima e de seus familiares, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva da jovem, medida que foi deferida pelo Poder Judiciário e cumprida na manhã desta terça-feira.

A investigada responderá por múltiplos crimes em continuidade delitiva, incluindo perseguição qualificada (pena máxima de 3 anos de reclusão), ameaça (6 meses), calúnia (2 anos), difamação (1 ano) e coação no curso do processo (4 anos).

A Polícia Civil reforçou que casos de stalking e violência psicológica devem ser denunciados, ressaltando a importância de buscar apoio das autoridades diante de qualquer forma de perseguição ou ameaça.

Participe da comunidade no WhatsApp do PáginaUm News e receba as principais notícias dos campos gerais direto na palma da sua mão.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.