Arapoti e Ortigueira estão entre os maiores produtores de mel do Brasil

Municípios dos Campos Gerais colocam Paraná na liderança nacional; estado produziu 9,8 mil toneladas em 2024

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Da Redação*

Arapoti/Ortigueira – O Paraná consolidou-se como o maior produtor de mel do país em 2024, com 9,8 mil toneladas, segundo levantamento do IBGE divulgado no Boletim Semanal do Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab). O volume representa um crescimento de 16% em relação ao ano anterior e reforça a importância do estado na cadeia apícola.

Entre os destaques nacionais, dois municípios dos Campos Gerais ocupam posições de liderança: Arapoti é o segundo maior produtor de mel do Brasil, com 1,125 milhão de quilos, e Ortigueira aparece em quinto lugar, com 805 mil quilos. Juntos, os dois municípios respondem por quase 20% de toda a produção paranaense.

O Paraná detém 14,6% da produção nacional, à frente de estados como Piauí (12,6%), Rio Grande do Sul (12%), Minas Gerais (10,9%), São Paulo (10%) e Ceará (9%). O IBGE aponta que a produção brasileira alcançou 67,3 mil toneladas em 2024, o maior patamar da série histórica iniciada em 2016.

Apesar de fatores adversos, como mudanças climáticas, uso de agrotóxicos, desmatamento e poluição ambiental, o setor vem registrando recordes consecutivos. “A produção se mantém sólida, mesmo diante das dificuldades, o que mostra a resiliência e a importância da atividade”, avaliou o médico-veterinário Roberto Carlos Andrade e Silva, do Deral.

Colheita de soja. Foto:Jaelson Lucas / Arquivo AEN

 

Soja e trigo

O boletim do Deral também atualiza informações sobre outras cadeias do agronegócio paranaense. De janeiro a agosto, o estado exportou 11,15 milhões de toneladas de soja. O plantio da nova safra já alcançou 26% da área estimada, de 5,77 milhões de hectares.

No caso do trigo, o Paraná deve colher 2,68 milhões de toneladas em 825 mil hectares. Até setembro, mais da metade da área já havia sido colhida, com oferta de 1 milhão de toneladas. A expectativa é de que o volume dobre até o fim do mês, o que deve manter a pressão sobre os preços, atualmente cotados a R$ 65 por saca.

Outros destaques

O relatório semanal também destacou a produção de suínos para reprodução, que cresceu 33,9% em 2024, e o aumento das exportações de carne bovina, que somaram 295 mil toneladas em agosto, movimentando US$ 1,6 bilhão.

Na avicultura, o custo de produção do frango vivo caiu para R$ 4,59/kg em agosto, mantendo o Paraná mais competitivo em relação a Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Na floricultura, gramados e plantas ornamentais movimentaram R$ 164,7 milhões em Valor Bruto da Produção (VBP), com destaque para as regiões de Maringá e Curitiba.

*Com AEN

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