A manhã desta terça-feira ficará marcada na memória de Castro. Em poucos minutos, a chuva de granizo transformou a rotina da cidade em um cenário de destruição: mais de 600 casas danificadas, milhares de pessoas em busca de ajuda e um número ainda incerto de desalojados. Não houve feridos, mas o impacto material e emocional é imenso, atingindo especialmente as famílias mais vulneráveis, que viram seus lares perderem a proteção em meio ao temporal.
Diante desse quadro, a mobilização imediata das autoridades foi essencial. Prefeitura, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Exército se uniram em uma força-tarefa para oferecer assistência às vítimas, disponibilizando abrigos temporários e apoio emergencial. A agilidade no atendimento e a triagem organizada pela Guarda Municipal mostram que, diante de adversidades, a resposta coletiva faz diferença. O pedido de reconhecimento de situação de emergência junto ao Estado é um passo necessário para garantir recursos adicionais e acelerar a recuperação.
Entretanto, a tragédia expõe mais uma vez a fragilidade das cidades frente a eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes e intensos. Chuvas de granizo, enchentes e vendavais já não podem ser tratados como fenômenos isolados. É urgente que políticas públicas de prevenção, infraestrutura urbana e apoio às famílias em situação de risco sejam fortalecidas. Não basta apenas remediar depois da destruição; é preciso preparar a cidade para resistir a novos episódios.
O que Castro viveu neste 26 de agosto é um chamado à responsabilidade coletiva. Se por um lado o céu castigou, por outro a solidariedade floresceu – e será ela, junto da ação eficaz do poder público, que ajudará a reconstruir os telhados e a confiança dos moradores. Que este episódio sirva como lição e como ponto de partida para que o município esteja mais protegido diante dos desafios que o clima nos impõe.
