Palestra de Paulo Guedes no Agroleite bate recorde de público e reforça protagonismo do Brasil no cenário global

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Da Assessoria

Castro – Na sexta-feira, 8 de agosto, a 25ª edição do Agroleite viveu um momento histórico: a palestra do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, registrou recorde de público na Arena Conexão – Plenária Principal, reunindo mais de 1.000 pessoas na Arena Conexão, além de concentrar grande público em frente aos telões que reproduziam de forma simultânea. Convidado para o Fórum da Agricultura, o economista participaria presencialmente, mas, devido ao mau tempo que impediu a decolagem de seu voo, fez sua apresentação ao vivo de forma online.

Para Tatiane Bugallo, Gerente Executiva do Negócios Agrícola da Castrolanda, o formato remoto não reduziu o impacto da palestra. “Apesar de não ter sido presencial, superou muito as nossas expectativas, não comprometeu a qualidade do evento e trouxe informações extremamente relevantes para o agronegócio”, afirmou.

Promovida pelo Negócios Agrícola da Castrolanda, com patrocínio das empresas Bayer, Coonagro, Cresol, ICL, MSD, Nutron e Syngenta, a palestra teve como tema ‘Impactos do cenário global e nacional no agronegócio brasileiro’. Guedes iniciou agradecendo à Castrolanda e aos patrocinadores e destacou a força do Paraná como potência do agronegócio brasileiro. “Queria muito estar aí presencialmente. Vejo a força do agro brasileiro e seu papel estratégico no mundo”, afirmou.

Três episódios para entender o mundo 

Para contextualizar o cenário atual, Guedes dividiu a história recente do mundo em três episódios ocorridos ao longo das últimas oito décadas.

O primeiro episódio, que ele chamou de “ascensão e auge das democracias liberais”, foi marcado pela prosperidade global após a Segunda Guerra Mundial. Nesse período, segundo ele, mais de quatro bilhões de pessoas saíram da miséria, com países como Alemanha, Japão e Itália reconstruídos e transformados em potências econômicas. O economista lembrou ainda que o segredo estava na liberdade de circulação de pessoas e capitais, o que atraiu imigrantes de diversas origens – como japoneses, italianos e alemães – para países como o Brasil, que então crescia a taxas médias de 7% ao ano.

O segundo episódio representou uma “grande desordem mundial”. Guedes comparou esse momento a um baile interrompido no auge: tensões comerciais, choques culturais e crises políticas colocaram os ‘conservadores no comando e os liberais no banco de trás’. Ao mesmo tempo, países que haviam crescido rapidamente passaram a enfrentar desafios internos, enquanto o Brasil conseguiu se recuperar mais rápido de crises recentes graças à resiliência do agronegócio, que manteve o país alimentado e funcionando.

O terceiro e último episódio focou no Brasil atual e no futuro. Para o economista, o país não tem inimigos naturais, é riquíssimo em recursos e está à frente na transição energética, com 85% de sua matriz composta por fontes renováveis.

“O futuro é nosso”, afirmou, destacando que, com o avanço tecnológico no campo e a preservação ambiental, o Brasil está preparado para atender à demanda de dois bilhões de novos consumidores globais nos próximos 25 anos.

A força do agro brasileiro no centro do futuro econômico 

Ao falar sobre o Brasil no cenário global, Guedes dedicou atenção especial ao agronegócio, que, segundo ele, “manteve o país alimentado e de pé nos momentos mais difíceis”. Lembrou que, durante a pandemia e outras crises recentes, o setor garantiu o abastecimento interno, sustentou as exportações e preservou a geração de empregos.

O ex-ministro classificou o agro brasileiro como “o mais forte do mundo” e apontou suas vantagens competitivas: alta produtividade, condições climáticas favoráveis, vastas áreas agricultáveis e liderança na preservação ambiental. “Nós preservamos muito mais e temos uma produtividade brutal. É uma força inevitável, que já coloca o Brasil muito à frente de outros países”, afirmou.

Para ele, o setor é peça-chave na transição energética global. Com 85% da matriz energética nacional proveniente de fontes renováveis, o Brasil está preparado para atender de forma sustentável à demanda alimentar e energética que virá com o crescimento populacional mundial.

Guedes também destacou o papel das cooperativas, citando-as como exemplo de organização capaz de unir escala, eficiência e inovação. “O cooperativismo brasileiro dá um show e pode derramar seus resultados para a indústria e o mundo digital, ampliando ainda mais a competitividade do país”, disse.

Painel da Ovinocultura

A programação de palestras do Agroleite 2025 encerrou na tarde da sexta-feira (08/08) com o Painel da Ovinocultura. O painel reuniu cooperados da Castrolanda e produtores de ovinos para uma palestra sobre seleção e melhoramento genético na ovinocultura comercial e abordou sobre o uso das informações do rebanho para aumentar a rentabilidade do negócio. A palestra foi ministrada pelo médico veterinário Nelson Bernardi Junior, diretor técnico da Pecuária Brasil Assessoria, empresa especializada em softwares para gestão pecuária e melhoramento genético animal.

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