EDITORIAL: A FÉ QUE UNE CIDADES IRMÃS

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Em tempos em que a pressa do cotidiano parece diluir os rituais e tradições comunitárias, a celebração de Sant’Ana em Castro e Ponta Grossa se impõe como um elo poderoso entre passado, presente e futuro. No dia 26 de julho, as duas cidades irmãs param para honrar sua padroeira, mantendo viva uma devoção que já ultrapassa o centenário e se renova a cada ano com fé, cultura e identidade.
Em Castro, a 102ª edição da festa acontece em meio a um marco especial: o Ano Jubilar. Mais do que um número simbólico, esse período convida à introspecção espiritual e ao fortalecimento dos laços entre os fiéis, especialmente em uma comunidade marcada pela religiosidade popular. Com novenas, procissão fluvial, celebrações e uma vibrante programação social — do tradicional pastel às rodas de bingo —, a festa reafirma a alma coletiva de uma cidade que cresce sem perder suas raízes.
Já em Ponta Grossa, a Festa de Sant’Ana tem seu epicentro na Catedral, onde o tríduo preparatório e a missa solene reforçam o caráter religioso da ocasião. Mas é no calor humano das barraquinhas, na animação do bingo e no aroma das comidas típicas que a herança cultural portuguesa se revela em sua forma mais autêntica.
Mais do que simples homenagens litúrgicas, essas celebrações demonstram o valor de manter vivas as tradições que moldam nossa identidade coletiva. Ao unir o sagrado com o social, Castro e Ponta Grossa mostram que é possível, sim, celebrar com espírito comunitário e profundidade espiritual. Sant’Ana, figura maternal da fé católica, continua a abençoar não apenas seus devotos, mas também as cidades que a acolhem como símbolo de proteção, união e esperança.

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