Morte de bebê comove Jaguariaíva e leva hospital, prefeitura e lideranças se manifestarem

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Vinicius Fontes

Jaguariaíva – A comoção tomou conta de Jaguariaíva após a confirmação da morte de criança de apenas um ano, ocorrida na última semana. O caso, que gerou indignação e profunda tristeza na população, levou a Prefeitura Municipal e o Hospital Municipal Carolina Lupion a se manifestarem oficialmente por meio de uma nota de esclarecimento.

No comunicado, as autoridades informaram que a família da bebê está recebendo apoio psicológico e institucional. A gestão municipal determinou a abertura de uma apuração interna para entender as circunstâncias do ocorrido, além de acompanhar de forma rigorosa a investigação médica da causa do óbito.

Segundo a nota, “a criança chegou à recepção de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) por volta das 16h41 de sexta-feira (4). Cerca de 25 minutos depois, já em estado grave, deu entrada no Hospital Carolina Lupion, sem ter passado por atendimento médico prévio. Na unidade hospitalar, a equipe acionou imediatamente os protocolos de emergência, contando com suporte avançado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o envolvimento de seis médicos na tentativa de estabilizar a bebê”, descreve. Apesar dos esforços, a menina, identificada com o primeiro nome como Ayla, não resistiu.

O caso gerou revolta principalmente pela denúncia de que a mãe não conseguiu atendimento imediato na UBS por falta de ficha médica. O assunto chegou à Câmara de Vereadores, onde o parlamentar Alan Cardozo usou a tribuna para se manifestar. Segundo ele, a situação poderia ter sido evitada: “Essa mãe chegou desesperada, com a filha ardendo em febre, buscando socorro… e saiu de lá sem atendimento, minutos antes da criança convulsionar e ser levada às pressas ao hospital. Infelizmente, a bebê não resistiu”, declarou.

Ainda segundo Cardozo, houve uma falha grave no sistema de triagem. “Se essa situação tivesse chegado até qualquer médico daquela unidade, a história teria sido diferente. Nenhum médico jamais negaria atendimento diante de uma emergência assim! Não estou aqui para culpar os profissionais da saúde, pois nem ao menos chegaram a saber do caso. O problema foi muito antes… e isso precisa ser investigado com rigor”, escreveu o vereador em suas redes sociais.

Posição da prefeitura
Em resposta à tragédia, o prefeito Juca Sloboda, acompanhado do secretário de Saúde Marlus Barbosa Pereira, também se pronunciou. “Falha teve. De atendimento, de procedimentos, de acolhimento. E nós não vamos jamais acobertar o que aconteceu”, afirmou o prefeito.

Entre as medidas anunciadas por Sloboda, está a criação de um novo protocolo de acolhimento nas UBSs, a substituição da coordenação das unidades básicas na área urbana e a designação de enfermeiras exclusivas para o primeiro atendimento.

O prefeito também esteve pessoalmente com os pais da criança, prestando solidariedade e ouvindo seus relatos.

Embora a causa da morte não tenha sido divulgada oficialmente, a prefeitura reforçou que, “por respeito à família, questões éticas e de justiça serão tratadas de forma restrita”.

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