Da Redação
O Brasil e o mundo perderam nesta sexta-feira (23) um dos maiores nomes da fotografia contemporânea. Sebastião Salgado, fotógrafo mineiro de renome internacional, faleceu aos 81 anos. Reconhecido por suas imagens em preto e branco que retratam com profundidade a condição humana, Salgado construiu uma carreira marcada pelo compromisso com causas sociais e ambientais.
Formado inicialmente em economia, Salgado trocou os números pela lente da câmera no início dos anos 1970, e nunca mais voltou atrás. Seu trabalho percorreu conflitos, êxodos e comunidades esquecidas nos quatro cantos do planeta, sempre com um olhar empático e transformador. Sua abordagem estética e ética o consagrou como um dos mais respeitados fotógrafos do mundo, com inúmeros prêmios ao longo da vida.
Ao lado da esposa, Lélia Wanick Salgado, também deixou uma marca significativa no ativismo ambiental. O casal fundou o Instituto Terra, dedicado à recuperação de áreas degradadas no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais – um projeto que uniu fotografia, ciência e sustentabilidade.
A morte de Salgado foi confirmada por pessoas próximas e pelo Instituto Terra. Ele lutava contra complicações de saúde decorrentes de um quadro de malária contraída nos anos 1990. Sebastião Salgado deixa uma obra poderosa, que continua a inspirar fotógrafos, ativistas e sonhadores ao redor do mundo.
