EDITORIAL: REESTRUTURAÇÃO EM CASTRO

EDITORIAL: REESTRUTURAÇÃO EM CASTRO

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A aprovação unânime do projeto que amplia o número de secretarias municipais em Castro marca um ponto decisivo na gestão pública local. Após meses de debate, sete versões do texto e um trâmite técnico cuidadoso, a Câmara Municipal deu sinal verde à proposta que eleva de 13 para 17 o número de pastas — entre elas, as novas Secretarias de Cultura; Ciência, Tecnologia e Inovação; Relações Institucionais e Juventude; e Mulher e Inclusão. É, sem dúvida, uma transformação significativa no organograma da Prefeitura.
Defendida como medida de modernização e eficiência administrativa, a reforma foi articulada pelo Executivo com apoio de sua base aliada e justificada com argumentos que vão desde a necessidade de valorização cultural até a urgência de combater a violência doméstica com uma estrutura institucional dedicada. De fato, há coerência em algumas das justificativas apresentadas. A criação da Secretaria da Mulher e Inclusão, por exemplo, responde a um cenário preocupante de violência doméstica na cidade, citado por vereadores como um dos principais motivos para a nova pasta.
Modernizar não significa, necessariamente, crescer em tamanho, mas sim em qualidade. O desafio agora é demonstrar, com resultados concretos, que essa reestruturação trará mais agilidade, sensibilidade social e eficiência ao serviço público. Do contrário, corre-se o risco de inflar a máquina sem resolver os problemas que ela deveria enfrentar.
A cidade de Castro precisa evoluir, sim, mas com responsabilidade, planejamento e foco no cidadão.

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