Padre castrense esteve com o papa Francisco duas vezes

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Da Assessoria*

Cidade do Vaticano – Padre castrense Wilson Morais, que pertence ao clero da Diocese de Ponta Grossa, está em Roma desde 2021, para realização de estudos.

O religioso teve dois encontros com o papa. O primeiro foi em 2022, durante a Visita Ad Limina de bispos de Minas Gerais, o sacerdote acabou acompanhando o bispo de Araçuaí, dom Esmeraldo Barreto de Farias. “Ele me ajudou no processo missionário na Amazônia e me deu essa alegria”, citou o padre. O segundo encontro foi ano passado, por ocasião dos 90 anos do Colégio Pio Brasileiro. “Tivemos uma audiência com o Papa. Foi possível fazer várias perguntas para ele e cumprimentá-lo. Era sempre fraterno, era um homem muito acolhedor, mas também de muitas visitas. Então os encontros eram rápidos. Falou alegremente, fez uma brincadeira sobre os meus estudos…mas, era alegre, feliz e contente. Guardava nos olhos uma presença muito boa”, relembrou padre Wilson.

De acordo com padre Wilson, o clima é de muita comoção entre os peregrinos que vêm a Roma por causa do Jubileu da Esperança e entre turistas. “Muita gente rezando e expressando sua gratidão ao Papa, pelo legado que deixou. Era o homem da proximidade. Com Deus, sobretudo, que nunca o fez apegado a uma ideia de poder. Proximidade com o povo, como ele mesmo dizia, desejava sentir o cheiro das ovelhas, ter em si o cheiro das ovelhas, escutá-las, conhecê-las. Proximidade também com a vida administrativa da Igreja. Criou um grupo para discutir questões que ele gostaria de trabalhar. Proximidade ainda com o clero. Tentou sempre mais nos abrir os olhos, para enxergar a realidade sem condená-la. “Perdoem sempre, perdoem todos. Todos têm espaço na Igreja. Pregou com voz forte que o instrumento da paz é a reconciliação e não a guerra”, conta padre Wilson.

Segundo o sacerdote diocesano, Papa Francisco nos deixa um grande legado. “É normal que sintamos saudade de sua presença, a docilidade da sua voz, o carinho das suas palavras e, sobretudo, a particularidade do seu olhar. Quando saiu na janela do hospital, antes de retornar ao Vaticano, olhou uma senhora que sempre lhe levava flores e exclamou que a estava vendo, com as flores amarelas e que era uma senhora muito boa. Ontem mesmo, na Praça São Pedro, quando passeava no papamóvel, encontrou vários doentes. Na Quinta-Feira Santa foi à prisão. Isso para dizer que todo o ser humano tem dentro de si um grito de liberdade. Ontem, na praça, decidiu ir na Via da Reconciliação, onde havia muita gente. Parece ter sido um adeus seu ao povo de quem ele sempre quis e foi próximo… E trabalhou até o último minuto, servindo a Igreja. Nas suas últimas palavras, a bênção à cidade de Roma, à Igreja e a todo o mundo, pedindo a paz. Sentiremos falta do Papa Francisco, mas devemos nos abrir para a chegada de um novo Papa”, detalha.

Atualmente, está em fase de conclusão do curso de Mestrado em Psicologia na Universidade Gregoriana, onde, no próximo semestre, iniciará Doutorado com uma pesquisa interdisciplinar entre Psicologia e Teologia, focando no desenvolvimento da identidade presbiteral. O sacerdote reside no Pontifício Colégio Pio Brasileiro.

*com Redação

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