Cargill se pronuncia sobre proibição de bitrens desacoplarem no pátio e transtornos na PR-090
Na segunda quinzena de dezembro de 2024, pelo menos quatro semirreboques afundaram na Estrada do Cerne
Da redação
Castro – A solicitação do descarregamento de bitrens carregados com cavacos no pátio da Cargill S.A., unidade Castro, gerou dificuldades tanto para caminhoneiros quanto para motoristas que trafegam pela rodovia PR-090, conhecida como Estrada do Cerne. A situação foi denunciada pelos leitores do Página Um News, que enviaram imagens mostrando veículos estacionados na rodovia, o risco de obstrução da via, que poderia causar acidentes, além do afundamento da estrada.
Em resposta à reportagem, a Cargill, por meio de sua assessoria de comunicação, explicou que a medida tem como objetivo garantir a segurança na planta industrial de Castro. “Por motivos de segurança, a Cargill não recebe cargas transportadas em carretas Rodotrem 9 eixos em sua planta de Castro. Essa norma está vigente na unidade há mais de um ano e já foi comunicada a todos os caminhoneiros e fornecedores da localidade. A Cargill tem como prioridade máxima a segurança de todos que acessam suas plantas e, para reforçar essa política, começou a intensificar novamente a comunicação sobre o limite máximo para o tamanho das carretas que chegam até as instalações da empresa na cidade”, esclareceu a nota.
Relembre
A situação foi denunciada por um leitor do jornal, o qual enviou imagens da situação que mostravam bitrens carregados com cavacos, proibidos de desacoplarem no pátio da indústria, sendo obrigados a fazer todo esse processo na estrada do Cerne, rodovia PR-090. O problema é que, devido ao peso da carga eles estariam afundando a estrada, sendo necessário, nesses casos, munck (caminhão com ferramenta semelhante a um guindaste) para erguer e removê-los, como mostram as imagens registradas no dia 30 de dezembro de 2024 e encaminhadas ao Página Um News.
De acordo com o produtor rural Alberto Dallarmi Filho, ele foi informado que somente na última semana teriam sido quatro carretas que, por conta do peso, afundaram a estrada. “Além de obstruírem o trecho, o risco de acidente se torna grande por estarem paradas na estrada”, alerta Dallarmi Filho.
Proibidos de entrarem no pátio da indústria, segundo o que descreve os caminhoneiros, os bitrens – combinação de dois semirreboques acoplados entre si que permite o transporte de peso bruto total de 57 toneladas – são forçados a desacoplar na estrada e com o caminhão transportar um dos semirreboques para o transbordo da carga. Encerrado esse processo, retornam para o segundo semirreboque que está estacionado na rodovia, realizam o engate, e levam o restante da carga à indústria.