Discutindo a lógica do bem comum e a obsolescência de um produto!

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A pandemia se alastrou e ensinou novos termos de conduta, um deles, bastante recente, é o da ‘velhofobia’, quando idosos são considerados um peso para a sociedade. O coronavírus já não é um risco apenas para a saúde deles, começou afetando a permanência dos sessentões no mercado de trabalho. Hoje, há preferência pela escolha dos mais jovens, até para trabalhos simples, mesmo que não seja esta uma verdade absoluta. Muitos já deixaram seus empregos, pois devem ficar longe de processos que exigem conhecimentos de tecnologia, rapidez e preparo físico. Para os políticos, o vírus está nos dando lições de democracia. Para os sociólogos, ele não é democrático, como dizem. É caótico, mata todos que são vulneráveis, independente da idade. O mais cruel é admitir que o foco está sempre nos idosos. Na contramão de tudo isso, a Reforma da Previdência exigiu que brasileiros deviam trabalhar mais para conquistar a aposentadoria. Ninguém discutiu como reinvestir em educação, saúde, transporte ou na infraestrutura que não temos. Governos e impostos se mostram incompetentes para proteger a lógica do bem comum. Não sabemos se vai ter vacina ou outros vírus mortais . Mas explodem discursos contra os mais velhos e eles discutem apenas a obsolescência de um produto que não está programado para durar e vai consumir muitos recursos. Esqueceram do valor e trabalho dos idosos na construção de um País que, aos poucos, foi dominado pela ignorância.

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