Da Assessoria
“Como bons despenseiros da multiforme graça de Deus, cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu: a palavra, para anunciar a mensagem de Deus; um ministério, para exercê-lo com uma força divina, a fim de que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo…” Assim começou o bispo diocesano Dom Bruno Elizeu Versari sua contextualização a respeito da série de transferências e nomeações anunciadas hoje (18). As mudanças são as primeiras realizadas pelo novo bispo com a ajuda do Colégio de Consultores, que se reuniu, extraordinariamente, na manhã desta quarta-feira. A deliberação acontece, segundo Dom Bruno, após a realização de um caminho sinodal e de escuta feito junto aos padres.
A definição sobre as transferências e nomeações é resultado de conversas presenciais e por videochamada, partilhado, inclusive, pelo bispo com o Colégio de Consultores nesta manhã. O anúncio das mudanças aconteceu às 12 horas, em um pronunciamento de Dom Bruno na Rádio Sant’Ana, transmitido pelas redes sociais da Diocese e da emissora diocesana. O bispo iniciou falando da alteração na administração da Paróquia Sant’Ana/ Catedral, de onde sai padre Antonio Ivan de Campos e é acolhido padre Claudemir Nascimento Leal, que é o atual pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Ponta Grossa. Na Perpétuo Socorro, saem padres Claudemir e padre Kleber Alexandre Pacheco e é acolhido padre Leonel Stanski, que está na Paróquia São Cristóvão.
Na Paróquia São Cristóvão, assume o padre Joel Nalepa, atual pároco da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus. Da Santa Teresinha, sai o padre Mário Dwulatka e é acolhido o padre Athanagildo Vaz Neto, vigário hoje na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe. Por sua vez, da Nossa Senhora de Guadalupe, saem os padres Wellington de Almeida Marcondes e Athanagildo e assumem os padres Clayton Adriano Delinski Ferreira e Silvio Mocelin, como vigário.
Fora da sede da Diocese, na Paróquia Nossa Senhora da Luz, de Irati, sai padre Jorge Casimirski e é acolhido padre Wellington de Almeida Marcondes. Em Carambeí, na Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição sai padre Élcio José Gutervil e são acolhidos padre Jorge Casimirski e padre Marcelo Rodrigues do Carmo (vigário). Na Paróquia São José, de Imbaú, sai padre Manssueto Pontarollo e é acolhido padre Élcio José Gutervil. Paróquia São Miguel, de Irati, sai padre Alvaro Luis Martins Nortok e acolhe padre Antonio Ivan de Campos e padre Jorge Augusto Schereda Chuchene (vigário). Paróquia São João Batista, de Irati, sai padre Ezequiel Hul e acolhe padre Martinho Luiz Hartmann.
Em Castro, na Paróquia Senhora Sant’Ana sai padre Silvio Mocelin e é acolhido padre Kleber Alexandre Pacheco (vigário). Em Teixeira Soares, Paróquia Nossa Senhora da Conceição sai padre Janescleo Guimarães Souza e acolhe padre Manssueto Pontarollo. Na Paróquia Menino Jesus, de Reserva, sai padre Rafael Moreira e são acolhidos padres Janescleo Guimarães Souza, Luis Carlos Mirkoski (vigário) e Rodrigo Amâncio (vigário). Em Piraí do Sul, no Santuário de Nossa Senhora das Brotas sai padre Luis Carlos Mirkoski e assume como reitor padre Thiago Antonio Ingenchki, atual pároco da Paróquia Senhor Menino Deus. E, a Senhor Menino Deus acolhe padre Rafael Moreira, como vigário.
Na Paróquia São José/Santuário Diocesano de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro sai padre Jorge Augusto Schereda Chuchene e é acolhido padre Jaime Rossa (vigário). Paróquia São Judas Tadeu, de Ponta Grossa: sai padre Glauco de Camargo Pinto e acolhe padre Mário Dwulatka Paróquia Nossa Senhora Medianeira: acolhe padre Ademir da Guia Santos (vigário). Paróquia Santo Antônio, de Ponta Grossa: sai padre Martinho Beckers e acolhe padre Alvaro Luis Martins Nortok e padre Glauco de Camargo Pinto (vigário). E, Paróquia Nossa Senhora do Pilar: sai padre Clayton Adriano Delinski Ferreira e acolhe padre Ezequiel Hul.
Ainda, a Casa Vianney acolhe o padre Martinho Beckers. Na Pastoral Vocacional, sai padre Martinho Luiz Hartmann e são acolhidos os padres Hélio Guimarães, Jaime Rossa e Marcelo Rodrigues do Carmo. O Seminário Menor Mãe de Deus, em Irati, passa a ser Centro de Evangelização do Setor 7, sob a direção do padre Martinho Luiz Hartmann. E o Seminário Maior São José acolhe as etapas do Discipulado (Filosofia) e Configuração (Teologia), tendo como reitor padre Hélio Guimarães e diretor espiritual padre Jaime Rossa.
Palavras bispo
Jesus lhes disse: “Vinde após mim, e eu farei de vós pescadores de homens”. Então, imediatamente deixaram tudo e o seguiram (Mt 4,19-20)
“Como bons despenseiros da multiforme graça de Deus, cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu: a palavra, para anunciar a mensagem de Deus; um ministério, para exercê-lo com uma força divina, a fim de que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo…Velai sobre o rebanho de Deus, que vos é confiado. Tende cuidado dele, não por amor de interesse sórdido, mas com dedicação; não como dominadores absolutos sobre as comunidades que vos são confiadas, mas como modelos do vosso rebanho. E, quando aparecer o supremo Pastor, recebereis a coroa imperecível de glória” (cf. 1Pedro 4,10.11; 5,2-4).
A experiência das transferências dos padres é um tempo de desafios e de expectativas na vida do bispo e dos presbíteros. O Direito Canônico fala de uma estabilidade aos párocos (A CNBB sugere seis anos). O ditado popular diz que “em time que está ganhando não se mexe”, e a necessidade de transferir alguns padres “faz parte” da vida do bispo, mas também faz parte da vida dos padres. Todo padre sabe que mais cedo ou mais tarde a transferência vai chegar.
A transferência não é um ato arbitrário e autoritário que recai e pesa somente sobre a pessoa do bispo. As decisões e transferências são pensadas e construídas num conselho de padres, demandam longas conversas e, às vezes, várias reuniões. Não estamos brincando com pessoas. Os padres são colaboradores indispensáveis e preciosos do bispo, que não têm de cuidar desta ou daquela paróquia, mas de todas, ao mesmo tempo. Todas as transferências foram conversadas, construídas com cada padre. A experiência sinodal foi decisiva nas decisões. Ninguém foi transferido “a ferro e fogo”, acorrentado e arrastado. Aos transferidos, houve propostas, justificativas, diálogos, um convite e uma decisão.
O padre é um ser humano e constrói amizades fortes por onde passa, isso é bonito e faz bem, mas não se pode esquecer que o padre não é “desse” ou “daquele” grupo, mas é da igreja, da diocese, e colaborador do bispo. Isso é da natureza da nossa vocação, isso é muito bonito. Isto nos faz lembrar o que Jesus disse a seus discípulos: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13,35).
Neste tempo de sinodalidade proposto pelo Papa Francisco, encontrei algumas pessoas que ainda têm um pensamento fechado no seu mundo e dizem: “nossa paróquia não será mais a mesma” se o padre sair. Nem a paróquia nem ninguém é o mesmo nunca. Cada dia, cada pessoa, cada situação põem acréscimos novos (bons ou maus). Como posso saber que o outro que vem é, por antecipação, incapaz de continuar e fazer avançar um processo iniciado? Não será preconceito? Todos nós somos convidados a mudar o tempo todo. A Vida Pastoral é muito dinâmica, não admite ninguém parado. Cada um faz o seu melhor. O projeto de evangelização não é pessoal, é da Igreja.
Se um sacerdote é dotado de muitas qualidades e competências a ponto de trazer muitas alegrias e avanços a uma comunidade, ele não pode ser possuído por esta comunidade como um “bem inalienável”. Ele pode ser o pastor que a comunidade vizinha precisa em suas demandas pastorais, espirituais, administrativas, humanas… A transferência sempre faz bem.
Uma coisa, porém, quero registrar, o testemunho de disponibilidade dos padres. Fiquei emocionado ao ouvir: “pode me enviar aonde o senhor precisar”, ou “eu estou à sua disposição, pode contar comigo”. Estou certo de que fizemos um bom caminho, uma boa experiência sinodal, e acredito que não lhes faltarão as luzes do Espírito Santo para a nova missão que é confiada a cada um. Sou imensamente grato a todos. Estamos juntos sempre. Que Maria, Mãe da Divina Graça, interceda graças e bênçãos em favor de todos. Amém.
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