Com convidados de destaque, Sinfônica do Paraná valoriza obras brasileiras neste domingo

AEN

A Orquestra Sinfônica do Paraná apresenta neste domingo (24), às 10h30, no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão), obras de dois compositores brasileiros. “Raízes brasileiras 2” abre com o concerto para violino de Hekel Tavares, com solo de Emmanuele Baldini, italiano radicado no Brasil, e segue com a sinfonia “Uirapuru”, de Camargo Guarnieri. A regência é do maestro convidado Cláudio Cruz.

Os ingressos estão à venda a R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada) no site DeuBalada e na bilheteria do Teatro Guaíra, onde há ainda cota social de ingressos gratuitos.

Maestro e solista destacam que o programa valoriza obras pouco divulgadas. “A sinfonia de Guarnieri é fantástica e pouco tocada. É uma peça superdifícil e essa orquestra demonstrou grande empenho, fizemos ensaios maravilhosos e agora o público é convidado a conferir o resultado”, afirma Cruz sobre a Sinfonia n°2, chamada “Uirapuru”, composta em 1945 em referência ao lendário pássaro amazônico considerado deus do amor.

Baldini vai executar o “Concerto para violino e orquestra n°4 (em formas brasileiras), Opus 107”, do compositor alagoano Hekel Tavares. “É um dos poucos concertos brasileiros para violino e orquestra e tem um diálogo com o folclore. Por isso é importante tocar e divulgar mais essa obra que, como a sinfonia que o maestro mencionou, é pouco tocada”, explica.

Convidados

Nascido em Trieste, Itália, Baldini é atualmente spalla (o elo entre o maestro e o corpo de músicos) da Orquestra do Estado de São Paulo (Osesp) e já se apresentou nas principais salas da Europa e em turnês pelo mundo, mas o domingo será de estreia com a Sinfônica do Paraná. “É uma das poucas orquestras sinfônicas brasileiras com as quais eu nunca toquei e nunca regi em 20 anos de Brasil, então é minha estreia. Estou muito feliz”, diz o solista.

Apesar de ser a primeira vez, ensaiar no Teatro Guaíra foi um reencontro com os músicos. “É uma orquestra na qual entraram muitos jovens. Recentemente, muitos desses jovens passaram pelas instituições com as quais eu colaboro, como o conservatório de Tatuí, a Estadual de São Paulo, a academia da Osesp. É como fazer música entre amigos”, afirma.

Já convidado em outras ocasiões para reger a Sinfônica do Paraná, o maestro Cláudio Cruz teve como primeiro instrumento de estudo o piano. Já aos 10 anos aprendeu a tocar violino. Como violinista, assim como Baldini, ocupou a posição de spalla da Sinfônica do Estado de São Paulo.

Como solista e camerista, se destacou pelo mundo e, como regente, esteve à frente de orquestras do Brasil e do Exterior. Já gravou mais de 50 discos. Atualmente, Cruz é o diretor musical e maestro titular da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo e primeiro violino do Quarteto de Cordas Carlos Gomes.