Da Redação
Tibagi – As buscas por Isis Victoria Mizerski, desaparecida desde junho, foram oficialmente encerradas na quinta-feira (7), após três dias de intenso trabalho nas áreas de mata entre Tibagi e Telêmaco Borba, nos Campos Gerais. O esforço, que envolveu uma força-tarefa composta por mais de 30 profissionais das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros, não trouxe novas respostas sobre o paradeiro da jovem de 17 anos, que estava grávida quando desapareceu no dia 6 de junho.
As investigações apontam para a hipótese de homicídio, e a polícia segue tratando o caso como um possível crime de morte.
Marcos Vagner de Souza, apontado como pai do bebê de Isis, está preso desde o mês de junho e é réu no processo de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto provocado sem o consentimento da jovem. Ele nega as acusações.
A operação de busca foi retomada na terça-feira (5) após o recebimento de novas denúncias e o resultado de um laudo pericial feito a partir de amostras de lama encontradas no veículo de Marcos Vagner. Durante os três dias de varredura, os agentes realizaram buscas minuciosas em 21 pontos distribuídos por uma área de cerca de 15 hectares, o que equivale a aproximadamente 21 campos de futebol.
Utilizando drones e cães farejadores especializados em cadáveres, a força-tarefa percorreu a região por 27 horas, mas, conforme a polícia, não encontrou nenhum vestígio relevante do corpo de Isis. Entre os objetos encontrados estavam duas botas masculinas de pé esquerdo, resquícios de fogueiras, clareiras incomuns para a área de reflorestamento, e sacolas e roupas que, segundo a polícia, poderiam ser de pescadores. Todos os itens foram encaminhados para perícia.
O delegado Jonas Avelar, responsável pelo caso, descartou que as botas masculinas encontradas sejam de Marcos Vagner, já que o calçado não corresponde ao que ele usava, conforme imagens de câmeras de segurança na noite do desaparecimento de Isis.
A Polícia Civil informou que, a partir de agora, novas buscas serão realizadas apenas caso surjam novas denúncias ou se a perícia ligar os objetos encontrados ao desaparecimento de Isis. A corporação mantém a abertura para denúncias anônimas, que podem ser feitas pelos telefones 197 (Polícia Civil) ou 181 (Disque-Denúncia).
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