Bispo Dom Bruno participa do retiro anual dos Diáconos

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Da assessoria

Ponta Grossa – Dos 123 diáconos permanentes ordenados da Diocese, 111 participaram da reflexão sobre ‘o ser e o fazer do diácono na dimensão da caridade’, conduzida pelo padre Júlio Antônio da Silva, vigário da Catedral e assessor do diaconato permanente da Arquidiocese de Maringá e da Escola Diaconal São Francisco de Assis. O sacerdote foi o assessor do Retiro Anual dos Diáconos Permanentes, ocorrido no sábado (26), no Centro de Espiritualidade Passionista, em Ponta Grossa. “Eu partilhei com eles a importância deles nas comunidades, onde já estão a serviço da caridade, própria do diácono, no serviço da Palavra e, ali, ajudar a comunidade”, dizia o bispo Dom Bruno, que fez questão de se fazer presente.

“Seja na capela ou em uma pequena comunidade, eles (os diáconos) têm a capacidade de fomentar, animar a todos. O diácono faz parte do Sacramento da Ordem e também compõe o projeto da ação evangelizadora da Diocese. Minha fala para eles foi no sentido de ajudar a organização da pequena comunidade em torno da Palavra, na formação dos casais para o Sacramento do Matrimônio, na formação dos casais para o Batismo das crianças, na formação de lideranças, de catequistas, na visita às famílias. São projetos que estamos construindo com os padres, diáconos e leigos a fim de preparar um grande momento de ação evangelizadora, em função do Jubileu dos 100 anos. Vou partilhando com eles para amadurecer as decisões”, comentou o bispo.

De acordo com Dom Bruno, o mundo vive em constante mudança e a formação desafia. “Como chegar às pessoas para anunciar a Boa Notícia, o Evangelho? Nós temos uma mensagem muito boa, melhor que tudo: Jesus de Nazaré. Mas, como fazer chegar essa mensagem ao mundo? Como vencer esses desafios? É necessário ter formação, é necessário estudar, precisa rezar para poder ter claro o discernimento e a ação. A ação é sempre fruto, primeiro, daquilo em que eu creio, compreendo, para poder transmitir aos outros”, provocou, alegrando-se por terem surgido muitas perguntas, dúvidas práticas, perguntas técnicas depois de sua fala.

“Eu gosto quando perguntam.  Ainda que as respostas estejam escritas na Introdução do Missal Romano, nos documentos sobre o diaconato, querem ouvir do bispo. Bom ter essa liberdade de perguntar. Muitas vezes, não têm essa possibilidade. Aqui, o encontro serviu para isso também. Foi muito bom. É importante ter um momento formativo. A formação é permanente. Tem de estar o tempo todo estudando para depois servir na comunidade onde estão”, sugeriu.

Foram mais de 100 diáconos permanentes participando

Caridade

O assessor do retiro, padre Júlio Antônio da Silva, contou que, na Escola Diaconal São Francisco de Assis, em Maringá, estão terminando a formação de novos 41 diáconos. Na noite anterior ao retiro, havia acontecido a celebração de ordenação de oito deles, e, até o final de novembro, serão 41. A formação na Arquidiocese de Maringá dura de seis a sete anos. “Os diáconos foram constituídos desde o início da Igreja para a caridade e tenho a impressão que no mundo temos canalizado o serviço dos diáconos muito para a Liturgia, o que também é importante. Mas, há uma dimensão meio esquecida, que é a da caridade, necessária, e nessa dimensão é que o diácono vai sinalizar aquilo que uma Igreja particular deve ser. Uma Igreja que serve, que está aberta a todas as questões sociais, às questões de transformação da vida humana, não só a da carência financeira, mas as tantas outras que devemos tratar em relação à caridade: aquilo que o Papa chama hoje das ‘periferias existenciais’”, defendeu padre Júlio, referindo-se ao alto número de pessoas com depressão, em dependência química e que vive situações de exclusão da vida social.

“Muitas vivem situações que nós não identificamos e que são merecedoras do carinho da Igreja, da caridade da Igreja. Daí a necessidade de as pastorais sociais e, aí, entra a figura do diácono, abrir espaço para todos os pobres, todos os empobrecidos. Essa é a razão da Igreja ser: abraçar a todos, a partir dos pobres”, frisou.

Impressões

Um dos participantes, o diácono Jonas da Silva, veio da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba/Diocese de São José dos Pinhais. Participou pela primeira vez do retiro na Diocese de Ponta Grossa. “Vim parar um momento, silenciar, refletir junto com Deus e os irmãos sobre a caminhada, o que está acontecendo, o que estou fazendo e receber luzes, especialmente, de pessoas tão qualificadas, o mais importante. Padre João e a presença de Dom Bruno nos iluminaram para que a gente seja também propagador dessa luz na vida dos outros, através da nossa caminhada, do nosso serviço”, avaliou o diácono.

O diácono Agostinho Basso, coordenador da Comissão dos Diáconos Permanentes, ressaltou que as dimensões da Liturgia, da Palavra, estão bem mais presentes na vida do diácono e estão mais claras na vida dos fiéis, para a comunidade. “A caridade é o principal pilar do diaconato. Estamos trazendo a dimensão da caridade e, na caridade, o padre Júlio tocou também nas questões das diaconias: diaconia territorial, diaconia ambiental e diaconia ministerial. Quando pode desenvolver outras atividades, não só estar ligado ao altar, mas estar presente nessas realidades. Foi um retiro frutuoso que trouxe muitas reflexões, que foi um marco nesse novo caminhar do diaconato, agora, com Dom Bruno, que falou pela primeira vez com todos os diáconos”, reiterou diácono Agostinho.   

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