*Cadeiras da Câmara podem mudar se suspeita de fraude for confirmada
Da redação
As eleições para a Câmara Municipal de Castro, que definiram os representantes da cidade para a legislatura 2025-2028, trouxeram à tona um caso inusitado e potencialmente preocupante. A candidata a vereadora pelo partido Podemos, Maria Cristina, registrou uma votação nula, com zero votos contabilizados, resultado que não incluiu sequer o próprio voto da candidatura.
A situação é suspeita, especialmente porque a prestação de contas de Maria Cristina indica que a candidatura não recebeu e nem gastou qualquer montante durante toda a campanha. A falta de votos e a ausência de movimentações financeiras podem configurar irregularidades de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Enquanto Maria Cristina não conquistou nenhuma vaga, seu partido, o Podemos, conseguiu eleger o candidato Jovenil Rodrigues de Freitas, que obteve 654 votos e garantiu uma cadeira na Câmara. No entanto, o resultado final da eleição pode sofrer alterações, caso se confirme qualquer indício de fraude.
A chefe do Cartório Eleitoral de Castro, Fernanda de Araujo, informou que a Justiça Eleitoral está ciente do ocorrido. Contudo, segundo Araujo, a Justiça só investigará o caso se for provocada pelo Ministério Público Eleitoral, por partidos ou candidatos. “Uma sumula do TSE prevê que os candidatos sem votos e sem gastos de campanha podem levantar suspeitas de fraude eleitoral, o que pode exigir uma nova totalização dos votos, alterando o cenário atual”, esclareceu ela.
Com base nas diretrizes do TSE, casos como este podem indicar que o nome do candidato tenha sido utilizado apenas para cumprir cotas ou fraudar o processo eleitoral, práticas que são severamente punidas. A possível recontagem dos votos e a anulação de registros fraudulentos podem provocar alterações na composição da nova legislatura.