Da Redação*
Ponta Grossa – Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu nesta segunda-feira (30) as investigações que envolve um psicólogo, de 47 anos, flagrado beijando e tocando uma paciente na quarta-feira (25), em seu consultório, na região central da cidade.
O homem foi indiciado pelo crime de violação sexual mediante fraude e segue preso preventivamente.
Cena
Vizinhos gravaram a cena e acionaram a polícia. A paciente do psicólogo, de 23 anos, pediu ajuda e foi acolhida.
O homem, então, foi preso em flagrante e encaminhado para a 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, onde foi lavrado o flagrante pelo crime de violação sexual mediante fraude.
Em depoimento, afirmou que a jovem teria tentado beijá-lo, o que foi desmentido pelas testemunhas e vídeos feitos. O psicólogo passou por audiência de custódia e teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva, estando, atualmente, na Cadeia Pública Hildebrando de Souza.
Fernando Vieira, delegado responsável pela prisão em flagrante e pela conclusão do inquérito, justifica a tipificação do crime afirmando que entendeu que Alex Sandro Lourenço “utilizou da profissão dele, da confiança dele de psicólogo, para ludibriar a vítimas de forma ardilosa, tornando-a vulnerável e, além de segurá-la contra a parede, a beijou, por duas vezes, de forma lasciva, sem seu consentimento”, explica.
Conforme a polícia, ele ainda possui posição de destaque em uma conhecida comunidade religiosa desta cidade.
Na continuidade das investigações, outras vítimas mulheres procuraram a Polícia Civil e foram ouvidas em depoimento. Elas relataram situações parecidas que teriam sofrido com este mesmo psicólogo em anos passados. Os depoimentos delas foram fundamentais para compreender a forma de agir do homem.
No decorrer do inquérito policial foram colhidos diversos depoimentos, analisadas imagens e, ainda, juntadas outras provas que estão em sigilo, e há robustos elementos para afirmar que esta pessoa, que não pode ser chamado de profissional, se aproveitou da profissão de psicólogo e da vulnerabilidade desta paciente, para aproveitar-se desta condição, explica o delegado Fernando Vieira.
Fernadon Vieira acredita que, com a divulgação de sua prisão, novas vítimas procurarão a polícia e pede que mulheres pacientes que tenham sido vítimas não tenham receio ou medo de denunciá-lo.
Denúncias
Denúncias referentes a este caso com vítimas mulheres podem ser feitas pelo telefone 197, (42) 3219-2750, ou diretamente na Delegacia da Mulher, em casos de vítimas mulheres e, eventualmente, no NUCRIA, em caso de eventuais vítimas crianças ou adolescentes.
*Com 13ª SDP