Debate inicial entre pré-candidatos à Prefeitura de Curitiba é dominado por conflitos e promessas

Da Redação*

Curitiba – O primeiro debate entre os pré-candidatos à prefeitura de Curitiba, realizado pela TV Bandeirantes na quinta-feira (8), foi caracterizado por intensos conflitos entre os participantes e uma série de promessas relacionadas a transporte público, saúde, obras, trânsito e cultura. O evento, que teve duração de cerca de duas horas, foi transmitido ao vivo.

Com maior ênfase em críticas ao passado e pouca atenção ao futuro, participaram do debate os seguintes pré-candidatos: Eduardo Pimentel (PSD), Luciano Ducci (PSB), Ney Leprevost (União), Roberto Requião (Mobiliza), Maria Victoria (PP), Andrea Caldas (PSOL), Samuel de Mattos (PSTU) e Luizão (Solidariedade).

Eduardo Pimentel, atual vice-prefeito de Curitiba, foi o alvo principal dos adversários. Ex-secretário municipal de Obras, Pimentel enfrentou questionamentos de Luciano Ducci sobre os projetos desenvolvidos nos últimos oito anos, período em que esteve ao lado do prefeito Rafael Greca (PSD).

“Você foi vice-prefeito por oito anos e secretário de Obras por um tempo. Não sei se foi demitido ou se saiu … Mas qual projeto para a cidade você pensou, elaborou, executou e deixou sua marca?”, questionou Luciano Ducci, que tem apoio do PT e do PDT, partido de seu vice, Goura.

“Fui secretário de Obras Públicas por dois anos e concluímos todas as obras paradas que herdamos da gestão do partido do seu candidato a vice-prefeito. Saí da secretaria por vontade própria. Criamos projetos como o Inter 2”, rebateu Eduardo Pimentel. Ducci então respondeu: “O Inter 2 está no meu plano de governo de 2012, na página 155. Não é projeto novo.”

Os dois pré-candidatos também se desentenderam sobre a proposta de construir metrô em Curitiba. Enquanto Pimentel questionou a viabilidade do sistema, Ducci afirmou que não imagina Curitiba sem metrô em “30 ou 40 anos”.

Apesar de sua aproximação com a esquerda nestas eleições, Ducci também trocou farpas com Roberto Requião. “Como se sente sendo o candidato da desesperança?”, perguntou Requião, referindo-se à coligação que apoia Ducci.

O debate revelou as divisões e tensões entre os pré-candidatos, com cada um tentando destacar suas propostas e criticar as administrações passadas. À medida que a campanha eleitoral avança, os próximos debates prometem manter o tom acalorado.

*Com Banda B