Desembargador do TRF4 e magistrados da Justiça Federal do Paraná visitaram a Fazenda Capão Alto nesta sexta-feira

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Emanoelle Wisnievski

Berço dos Campos Gerais, a Fazenda Capão Alto, em Castro, cumpre um papel de grande relevância na História do Paraná. Em 320 anos, do império à república, em períodos de auge e de decadência, o patrimônio agora tombado pelo Governo Estadual foi palco de acontecimentos marcantes também na trajetória sociopolítica do Estado. Um deles é contado nas folhas amareladas do primeiro processo judicial do Paraná. Os autos de 1865, preservados na Sala da Memória da Justiça Federal em Curitiba, tratam de uma cobrança de impostos que uma empresa de São Paulo devia ao fisco da Província do Paraná. O tributo foi gerado quando os empresários paulistas arrendaram as terras dos padres Carmelitas e levaram embora os negros escravizados da fazenda.

Na programação que celebra os 25 anos da Subseção da Justiça Federal em Ponta Grossa, magistrados visitaram nesta sexta-feira (21), pela manhã, o casarão sede da Fazenda Capão Alto para conhecer de perto o lugar que serve de pano de fundo para o documento histórico da Justiça.

O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, desembargador federal Fernando Quadros da Silva, liderou a comitiva e destacou a relevância da preservação do local. “A Fazenda Capão Alto tem uma importância histórica muito grande para a História do Paraná e do Brasil. Essa fazenda representa toda a integração da região Sul, pois por aqui passava o caminho de Viamão a Sorocaba”, disse o desembargador.

Acompanharam a comitiva também a diretora do Foro da Seção Judiciária do Paraná, juíza federal Luciana da Veiga Oliveira, e o diretor do Foro da Subseção Judiciária de Ponta Grossa, juiz federal Antonio César Bochenek.

Os magistrados foram recebidos pelos diretores do Grupo Koelpe, Koob e Elizete Petter, responsáveis pela administração da fazenda, com um almoço campeiro no quintal do casarão, que incluiu feijão tropeiro e churrasco em espeto de pau. “Estamos muito felizes com a visita dos juízes e espero que isso traga frutos, não para nós administradores, mas para o patrimônio. Precisamos de ideias e sugestões de como fazer para manter esse patrimônio por mais 500 anos. Nós cidadãos brasileiros não podemos perder isso aqui”, afirmou Koob.

Imagens/Emanoelle Wisnievski

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