*116 Anos de imigração
Da Redação
18 de junho, data em que se comemora a Imigração Japonesa no Brasil, também celebra os 116 anos da relação nipo-brasileira: o Brasil abriga cerca de 1,6 milhão de nikkeis, descendentes de japoneses não nascidos no Japão. É a maior população de origem japonesa fora do país asiático. E, para manter viva a cultura do país de origem e se adaptar ao lugar que escolheram morar, a Associação Cultural e Esportiva de Castro (ACEC) busca promover festividades e esportes coletivos, como também partilhar sabores da culinária japonesa e artesanato.
A presença nipônica começou a partir de 1958, com a chegada de 8 famílias que se encantaram com a fertilidade da região para o cultivo da batata. Hoje, o plantio já avançou e se planta, também, alho, cenoura, pelas mãos dos descendentes.
“Dificuldade de adaptação, de deslocamento e barreira de idiomas foram adversidades que os migrantes orientais encontraram ao chegar aqui”, descreve André Takeshi Okubo, presidente da ACEC, que imigrou aos 3 anos de idade.
De acordo com André, em 2017 Castro e Piraí do Sul possuíam grupos de 72 famílias associadas e 47 não associadas. Atualmente são 75 famílias ligadas a entidade e outras 40 não ligadas.
“Acredito que o mais forte para manter a nossa tradição e incentivar os descendentes dos imigrantes a manter essa chama viva, de suas próprias origens, atravessando anos, décadas e séculos, passando de geração em geração, é a ACEC. É o que a gente tem no momento, então através do esporte, culinária a gente tenta manter a tradição. Temos Taiko, mas o Park Golf é que mais se destaca”, revela André.
“Com certeza Nosso Sakura Matsuri é um dos maiores festivais de cultura japonesa da região. A 32ª edição foi realizada no dia 25 de maio e atraiu cerca de 200 entusiastas da cultura japonesa e amantes da culinária oriental. Outra atração é a florada das cerejeiras, com a programação ainda sendo montada para 3 e 4 de agosto, e expectativa de 7 mil visitantes”, destaca André. Entre atrações haverá taiko, karatê, dança Bon Odori, karaokê, barraca de brincadeiras, árvores frutíferas e artesanato.
“Manter essa tradição, promover interação e cultura nipônica, e contribuir sempre para o desenvolvimento da cidade é nossa principal função”, finaliza.