O sentimento de temor e de mais ingerência política do Governo volta a dominar os investidores da Petrobrás após a repentina saída de Jean Paul Prates da presidência da Estatal. O governo deseja uma nova liderança que esteja mais alinhada com o Palácio Presidencial. A mudança significa mais uma tentativa de aumentar – ou retornar – a Influência Governamental sobre os destinos da Empresa. Mas os agentes financeiros apontaram que a mudança é um sinal negativo e que a Petrobras pode perder até R$ 37 bilhões em valor de mercado. E também que os efeitos secundários das ações governamentais também vão pesar no bolso dos consumidores. Em abril, Prates, afirmou que não há planos para aumentar os preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo. O presidente Lula falou bastante nos últimos dias sobre a Petrobras e reiterou a sua conhecida visão, de que “ela tem que seguir as suas orientações”. Segundo analistas, “ele se enxerga como um santo guerreiro na eterna luta contra os que ele chamou de dinossauros vorazes”. A rigor, ele nada disse de novo. E este é o problema.
