*Matheus de Lara
Quem não gosta de ter um animal de estimação em casa, para alegrar o dia a dia e principalmente ser o melhor amigo da pessoa. Os dados mais recentes mostram que somente no Brasil, em 2020, existiam em média 29 milhões de domicílios com cães e 11 milhões com gatos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nesse contexto, o grupo de proteção animal independente, que busca investigar possíveis maus-tratos a animais em Castro, juntamente com a Polícia Civil, acompanhou o investigador Pedro Jaremczuc na quarta-feira (13), por volta das 15 horas, nos bairros Jardim Baily e Operária, para averiguar duas denúncias de maus-tratos e abandono de animais.
Na primeira abordagem foi constatado o crime de abandono, onde um cachorro sem raça definida, teria sido colocado para fora do portão após os donos adquirirem outro cão de raça. A alegação do tutor foi a dificuldade de convivência com o comportamento do animal, o que foi intimado e orientado quanto aos procedimentos em relação ao animal. A segunda denúncia, o animal se encontrava preso em corrente curta amarrada em um pneu, dificultando a locomoção. Da mesma forma, a tutora foi orientada quanto à situação de maus-tratos. Os dois casos serão acompanhados.
Em entrevista ao Página Um News, o investigador Pedro disse que essa operação conjunta entre Civil e grupos de proteção começou desde o ano passado. Para Nelci Ribeiro, do grupo proteção animal independente, o apoio da polícia em ajudar na investigação contra os crimes de maus-tratos a animais é essencial. “A gente recebe muitas denúncias e as vezes não averiguamos, por questão de ir até o local e não conseguir ver a situação, e se chamamos a pessoa acaba se colocando em risco. Com isso, surgiu a ideia de conversar com o delegado, que solicitou que o investigador Pedro ajudasse nas abordagens. Ele já é adepto da causa animal, sendo um grande parceiro na causa das questões e contra maus-tratos. A nova lei vigente que prevê o aumento de pena e aplicação de multa é muito importante, e só aqui na cidade tem muitos casos”, conta.
A representante do Grupo Castro Animais também enaltece as ações desenvolvidas. “O trabalho realizado pelos grupos de proteção junto à Polícia Civil, vem promovendo a conscientização em nosso município e isso é de total importância. O comprometimento e dedicação de ambas as partes, tem a intenção de priorizar e responsabilizar ações em prol do bem estar animal”, disse.
No final do ano passado foi sancionada a Lei Federal n° 14.064/2020, conhecida por lei Sansão, que altera a Lei Federal 9.605/98, (lei de crimes ambientais), prevendo o aumento da pena de 2 a 5 anos de reclusão, além de multa e proibição da guarda de animais.
*Com Assessoria