Da Redação ADI PR
As obras estavam previstas para começar neste ano, mas uma decisão judicial na semana passada suspendeu a licença prévia da construção
Pesquisa contratada pela Associação dos Jornais e Portais do Paraná (ADI-PR), junto ao instituto IRG Pesquisa, revela que 88% dos cidadãos do Paraná querem a continuidade das obras da Ponte de Guaratuba. O levantamento foi realizado entre 4 e 7 de outubro e ouviu 1.860 paranaenses. Destes, 1.628 manifestaram-se a favor do seguimento da obra, contrariando decisão judicial que suspendeu os trabalhos.
Na semana passada, decisão da juíza Silvia Brollo, da 11ª Vara Federal de Curitiba, suspendeu a licença prévia da construção da ponte, atendendo pedido do Ministério Público Federal (MPF) em ação civil pública. No despacho, a magistrada afirma que a licença fica suspensa até o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) serem aprovados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, disse que o governo estadual vai recorrer da decisão e que todas as formalidades necessárias à construção da ponte vêm sendo cumpridas desde o início, destacando que a licença questionada na Justiça foi emitida em abril pelo Instituto Água e Terra (IAT).
Políticos e entidades também se mobilizam
Não é só na população que o desejo de continuidade obra ecoa. A interrupção da construção da ponte, cujo investimento estimado é de mais de R$ 300 milhões por parte do Governo do Paraná, mobilizou também políticos e entidades.
Na última sexta-feira, a bancada de deputados federais do estado apresentou um requerimento solicitando uma moção de apoio ao projeto. O documento, assinado pelo deputado Tião Medeiros, ressalta a importância da obra para o turismo e a economia da região.
O caso ganhou ainda mais atenção com a mobilização de entidades como o Sinduscon-PR e o Movimento Pró-Paraná, que igualmente defendem o projeto como crucial para o desenvolvimento do estado.
O próprio Supremo Tribunal Federal (STF) já havia se manifestado favorável à construção da ponte em setembro, negando um pedido liminar contra o edital.